Quem é o animal?

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Sempre me pergunto quem de fato é o ser irracional, nós ou eles? Estamos vivendo em tempos de contenções, cuidados e combates ao desperdício, mas será que não deveríamos ter sido sempre assim?

Há muito tempo sabemos que a fonte de água doce não é ilimitada, assim como o petróleo de quem tanto dependemos. Mas mesmo sabendo disso nos tornamos cada vez mais dependentes de fontes de energia poluentes. Desmatamos, queimamos e acabamos com as reservas de vida vegetal e animal de nosso ecossistema.  Criamos os problemas para depois os resolvermos, e muitas vezes temos que pedir ajuda àquela que maltratamos: a mãe natureza.

Cada vez mais utilizamo-nos de recursos naturais para reduzir os impactos de nossa ação destrutiva nesse planeta. Isso não é incoerente?

Animais de laboratório que o digam, tantos são os testes e experimentos feitos em espécies animais como: porcos, cães, ratos, macacos, etc.. Eles nos ajudam a “descobrir” a cura para doenças que nós mesmos criamos. Isso fica mais claro quando pegamos dados médicos sobre os históricos de estresse no começo do século passado. “A doença do século”, alguns dizem, é nossa culpa! Mas mesmo assim lá estão eles … testando e retestando novas drogas para nos ajudar a “superar” mais esse problema.

Um novo grupo de animais que nos ajuda a “salvar” o planeta é composto por cães farejadores e a missão se dá no Ártico. Eles precisam farejar possíveis vazamentos de óleo que possam colocar em risco a fauna marinha local. Como a dificuldade de extrair esse mineral é grande, há um risco maior de desastres – se é que podemos chamar assim – ecológicos.

Para auxiliar na contenção prematura de vazamentos cinco das maiores empresas petrolíferas do mundo se juntaram para realizar pesquisas com meios mais eficientes de diagnosticar esse tipo de acidente (vazamento sob o gelo). Uma empresa norueguesa foi escolhida e com o auxílio de uma escola de cães, também norueguesa, está realizando testes para descobrir até que ponto o faro canino pode nos ajudar.

Três cães já treinados para detectar manchas de óleo, dois Border Collies e um Daschund, foram levados ao Ártico e conseguiram, com o vento a seu favor, detectar o cheiro de petróleo numa distância de 5 quilômetros. São necessários 3 anos para que o cão esteja pronto para esse tipo de trabalho, mas como são muito versáteis e não dependem de bateria para funcionar, provavelmente ganharam as vagas para esses cargos.

Além desses exemplos de trabalho a favor do planeta temos ainda macacos selvagens em Fukushima passeando nos locais irradiados após o acidente de 2011 com colares de contadores de níveis de radiação e guias territoriais (GPS) para dar detalhamentos sobre a situação atual nos locais afetados. Mas essa ideia não foi originalmente bolada pelos japoneses, já que a utilização de animais como tartarugas, coelhos e até formigas em áreas afetadas por desastres radioativos não é nova.

Com esse reconhecimento tamanho sobre os benefícios que os animais trazem para nossas vidas, direta e indiretamente, não é hora de termos políticas de cuidados com animais mais inteligentes? Como uma polícia especializada e treinada para questões relacionadas aos nossos (muitos) melhores amigos e um corpo consultivo de pessoas especializadas (veterinários, biólogos, zoólogos, entre outros) para ajudar a criar leis aplicáveis e cabíveis?!

Fica a pergunta no ar! Quem sabe alguém a fareje…

 

Boa semana!

Referências:

“Cães que detectam vazamentos de petróleo são os novos membros de uma elite de bichos treinados para proteger o planeta contra a ação do homem”, por Edson Franco.

Revista Istoé – Tecnologia & Meio Ambiente, edição 2213, 05 de abril de 2012.

 

“Virtually all plant and animal species that have ever lived on the earth are extinct.”

Revista Science – Biological extinction in earth history. Edição de 28 de Março de 1986: Vol. 231 no. 4745 pp. 1528-1533.

 

“Several recent studies of humans correlate stress with atrophy of the hippocampus, an area of the brain required for memory and cognition.”

Revista Science – “Why stress is bad for your brain”. Edição de 9 de agosto de 1996, Vol. 273 no. 5276 pp. 749-750.

 

Dica Ecológica: Site de buscas que ajuda a plantar árvores: Inspirado no Google a Greenvana criou o Greengle. Com 6 mil buscas feitas uma muda de árvore é plantada e um marcado na página inicial mostra o quanto falta para o próximo plantio. http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/; http://greengle.greenvana.com/

 

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